sexta-feira, 15 de abril de 2011

A MÚSICA CRISTÃ E A TÉCNICA (Da idade média aos tempos atuais)


Só para entendermos o quanto a qualidade, técnica, aprendizado e o empenho são importantíssimos em uma banda ou em um ministério de música cristã, vamos a alguns fatos históricos importantes.


Na idade média surgiu a Polifonia vocal. Em uma civilização caracterizada pelas requintadas formas de vida de uma corte, a da Borgonha na qual o Feudalismo já perdeu sua função política, social e militar, fornecendo apenas regras de jogo de um grande espetáculo. É a época a qual o historiador holandês Jan Huizinga deu o apelido inesquecível de “Outono da Idade Média”

  • Os costumes da época foram marcados pelas missas com os monges e pelo motete, cantados, a capela, isto é, sem acompanhamento instrumental algum.
  •  A ciência contrapontística dos mestres “flamengos” (cientistas da música, exercendo uma arte que só os músicos profissionais são capazes de entender) constrói catedrais sonoras, de complexidade extrema, dando de 10000000 x 0 em qualquer época posterior.
  • A Escritura (partitura) é rigorosamente linear (horizontal), isto é, as vozes procedem com independência, enquanto na música moderna se sucedem acordes e colunas verticais de sons. É nesta independência das vozes, que quando coincidem eufonicamente, produz a impressão de coros angélicos.


Pois é gente, depois desse “blá blá blá” todo podemos dizer que todo o ciclo da música, dês da idade média até os tempos atuais, influenciou bastante nossa maneira de definir o que é a música religiosa e como podemos nos comportar diante da mesma. Na idade média já era um meio de estudos dos grandes cientistas, já era uma preocupação enorme fazer catedrais excelentes e escrever música de qualidade, independe de instrumentos, só com mais de 36 vozes em uma única canção.

Não estou dizendo que o músico cristão deve deixa de lado sua música e seu estilo musical e aderir à musicalidade dos monges, estou falando de empenho. Atualizar-se, entrar de cabeça, saber exatamente o que está fazendo, faz de você um profissional. A genialidade de um músico está exatamente na maneira que ele usa seus conhecimentos sabendo a hora certa de usar determinadas técnicas.

O músico sem a técnica e sem o exato conhecimento do que ele tem mãos, dificilmente vai levar uma pessoa a um clima perfeito de oração ou adoração. A unção é extremamente importante, mas junto com a técnica o músico consegue chegar ao ápice, consegue chegar exatamente aonde Deus quer que ele chegue; consegue chegar exatamente aos corações endurecidos, marcados por traumas, sendo uma flecha da palavra de Deus.

Getúlio Lúcio
Músico Banda Hallel

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